O NEAF pergunta!

O NEAF lança uma enquete buscando suscitar um debate e reflexão sobre a implementação da Lei nº 11.645/08 que determina a inclusão da História e Cultura Afro brasileira e indígena nos currículos escolares.

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As 30 melhores respostas ficarão disponíveis em nosso blog para troca de informações e democratização de conhecimentos acerca do assunto.

Como a Lei nº 11.645/08  está sendo implementada no seu município?

17 Comentários

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17 Respostas para “O NEAF pergunta!

  1. Jaguaracy Conceição

    No minha escola não funciona.

    • Carla Lidiane

      Algumas escolas de Campo Formoso inseriram aspectos da história e cultura afrobrasielira e indigena, principalmente afrobrasielira, no planejamento anual para ser trabalhada de maneira transversal. Assim várias são as formas de vivência da lei ao longo do ano, principalmente a partir da reflexão da história do Brasil e Geral.

  2. gibran

    bem, sou de feira de santana e o que posso dizer é que a implementação da lei 11645/08 é um desafio que todos os anos temos enfrentado. o grande desafio é mostrar a comunidade escolar que o dia do índio e da consciencia negra nao contempla a lei na sua totalidade, é apenas uma amostra da consequencia de um trabalho feito durante todo o ano. acredito que passa nao só pelo planejamento dos docentes mas tambem pela estrutura que a escola oferece de material didático a recursos audio-visuais… e nisso, infelizmente feira de santana deixa a desejar. apesar de haver um projeto que dizer estar implementado – A EDUCAÇÃO DIGITAL – onde as escolas seriam equipadas com lousa digital, por exemplo, quando fazemos uma pequena pesquisa nas escolas, vemos que esta realidade faz parte de poucas e que nao se tem garantia alguma de que as implementações necessárias serão realmente efetivadas..enfim…um longo e sinuoso caminho a ser trilhado, onde salários dignos aos professores, seriedade com a educação fazem parte da caminhada!

  3. Marion

    Olá,

    Sou relativamente nova na Educação, mais a minha formação , trouxe a disciplina na matriz, possibilitou há está verificando, buscando subsídios diversos sobre a Lei nº 11.645/08 , não sou funcionária da rede municipal de ensino de Salvador, mais fui estagiária e possibilitou a nossa práxis, a está colocando em prática a pedagogia de projetos que contempla a lei, a tarefa realmente não é fácil, é árdua, mais permite com a vivência do educando se enxergar,se olhar, se rever… e saber que ele faz parte desse universo.
    E aí vem um paradoxo, que mesmo tendo um pouco de conhecimento, os livros didáticos, as mídias, e muitas vezes a ” comunidade escolar” não dá um suporte para esse educando, quanto mais esse profissional, que a Lei aqui no Brasil, infelizmente só fica no papel, e o pobre, de periferia, não tem o direito de ver o seu amanhã melhor!!! Contemplando a Lei nº 11.645/08 na sua totalidade em nosso município.

  4. REJANE AMOR DIVINO

    Aqui em salvador o munícipio realizou capacitação,disponibilizou matertial porém nem todas as escolas, embora mesmo com a obrigatoriedade da lei ela não é aplicada,eu como mulher,negra e educadora comprometida trabalho da melhor forma possível e estou sempre em busca de qualificar minha prática,no momento estou concluindo um curso EAD-UFBA(UNIAFRO) para ter embasamento e poder instigar alguns colegas a trabalhar a temática.Para que efetivamente o trabalho em equipe aconteça alguém sempre terá que da o pontapé inicial,temos material,recursos só falta a “boa vontade” de alguns porém os poucos que veem raelizando já estão fazendo a diferença.

  5. Maria Del Carmen B Mendez

    Como toda lei neste país, as secretarias (Municipais e Estaduais) fingem que implementam e a sociedade finge que participa, as diretorias de escolas fingem que estão trabalhando sob a lei e não é verdade. Hoje, com a atual administração pública, principalmente a Municipal, implementar a lei 11645/08 é praticamente impossível por conta de uma submissão religiosa arbitrária que entende que os ensinos Afros com toda a história e envolvimento com o candomblé, seriam nocivos à sociedade. As secretarias não estão preparadas, não têm um plano, um projeto para a implementação. As raríssimas escolas públicas que já estão trabalhando com a lei, o fazem por conta própria, tendo que encarar o confronto com a abitrariedade religiosa do governo (municipal e estadual). Arrisquem-se a ligar para a Secretaria de Educação do Municipio e do Estado e peçam o projeto de implementação……não existe. Camufladamente a intolerância religiosa está agindo mais uma vez. Se não for….me provem.

  6. Olá, no meu município, Florianópolis/SC a discussão é muito recente nas escolas e a formação continuada de professsores não foi contemplada com essa temática com a amplitude e aprofundamento que merece.

  7. Como coordenadora faço o que posso, e alguns dos meus professores também, mas falta na verdade conscientizar a maioria dos professores para implementar o trabalho como diz a Lei. Sem falar que os problemas em educação são muitos….

    Nada parece fluir como se deve porque muitos ainda insistem em enxergar a educação em tópicos isolados. A mesma configuração que foi dada ao longo dos anos para as disciplinas e que ainda hoje se tenta reverter com termos com interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, etc, não atinge a todos. Não faz parte da realidade de muitos……Ainda ouço professores dizendo que importante é o conteúdo, porque no futuro, em concursos e vestibulares é isso que será cobrado….não existe no trabalho desses professores a contextualização dos diversos temas, entre a história dos grupos sociais e a realidade atual…

    Em contrapartida surgiram muito rapidamente novas teorias, novas leis, novas propostas de atuação e poucos profissionais acompanham isso….fala mais alto a fome, os problemas pessoais, as dificuldades com os filhos, a falta de amor no casamento, os filhos que usam drogas, as dúvidas profissionais, os desejos mais secretos de cada um, ou a falta de conhecimento sobre si mesmo….

    Existe algo muito importante e que ninguém valoriza ou percebe…nossos professores estão ficando doentes, porque não sabem lidar com a sociedade com ela se apresenta no momento…não sabem para si, que dirá para ensinar a outro….estão em desequilíbrio físico (doenças diversas) e desequilíbrio emocional principalmente….não interessa para esses profissionais, observar a Lei, trabalhar em cima dela porque ele sabe, ele perceber que o fato de se discutir a questão do negro e de tudo que ele sofreu ou ainda sofre, não vai ajudar o seu aluno a ser inserido em sociedade….porque a sociedade no todo, independente de negros ou brancos, precisa muito mais que isso…conhecer a lei nunca impediu ninguém de descumpri-lá…haja vista a quantidade de bandidos nas celas e principalmente fora dela…..porque conhecer e implementar a Lei 11.645/08 iria ajudar o aluno negro a ser respeitado?

    Vale lembrar também que a depender da conotação que é dada a determinado tema, qualquer Lei pode ser manipulada…os bons advogados que o digam….e aí a proposta de “resgate” de séculos de desrespeito, pode se tornar justamente alicerce para mais e mais desrespeito…ou vocês pensam que todos os brancos estão isentos da fome, da falta de moradia, da falta de transporte, da falta de vagas nas escolas e chances de chegar a uma universidade…isso não é prerrogativa dos negros, e sim dos brasileiros no geral que sofrem com o descaso do poder público, com o egoísmo de muitos e com a desesperança no geral….

    O ser humano nesse país não é respeitado….ninguém é! Eu costumo dizer que as pessoas têm mania de rotular tudo…o taxista é péssimo motorista, o motorista de ônibus é imprudente, o médico é negligente, o professor é preguiçoso….NADA DISSO! O SER HUMANO É QUE PRECISA URGENTE DE REFORMA ÍNTIMA! PRECISA REVER SUA POSTURA ENQUANTO SER HUMANO E ENQUANTO SER SOCIAL.

    Lei nenhuma vai modificar isso….Lei nenhuma irá proibir o homem de desrespeitar o outro…O maior dos homens Jesus Cristo, trouxe sua Lei e nada até agora mudou muito….

    São fatos isolado, unidos por um problema central que geram novos fatos isolados que crescem e se tornam imensas muralhas…..se essas forem visíceis, objetivas até podem ser transpostas com trabalho, dedicação, e muita força de vontade….se são subjetivas (e essas são a maioria) só existem duas pessoas que podem resolver: primeiro Deus e depois..cada um de nós…no auto-conhecimento, na aceitação de quem somos e afinal de contas, para que estamos aqui!

  8. Paula Odilon dos Santos

    A lei nº 11.645/08, começou a ser implantada no município que resido há três anos, com a insersão da disciplina Cultura Africana nos currículos da rede municipal, a partir daí trabalhamos a cultura africana, afrodescendente, indígena e cigana. Inicialmente a meta foi atender a 10.639/03. Também são ministrados alguns cursos a respeito

  9. Nando Lemos

    Infelizmente o não cumprimento de normas educacionais é uma realidade do ensino público no Brasil. E se tratando de ações afirmativas o caso fica ainda mais grave. Sou de Senhor do Bonfim-Ba, sou ator, arte-educador, Pedagogo e estudo Pscicopedagogia. Aqui, e acredito que na maioria das cidades, está acontecendo com a lei 11.645/08 o mesmo que aconteceu com a Lei 10.639/o3. Para se isentar da responsabilidade do fracasso do ensino e inclusão dos “conteúdos” tidos com obrigatórios na lei, as escolas ao invés de introduzirem esses conhecimentos de forma integral no âmbito da escola preparando toda equipe escolar para interagirem como um todo nesta ação, criam simplesmente uma disciplina e apenas um/uma educador/educadora é “capacitada” para dar conta da demanda exigida pela lei. Assim fica mais fácil encontrar o/a culpado/a pela não aplicação efetiva da lei no interior da escola.
    Enfim já acredito ser uma vergonha para nosso país ter que existir uma lei que obriga a contar nossa história na escola, mas se não for assim, como seria? Mas precisamos dizer que sociedade queremos formar e então lutar para isso, queremos jovens escravos ou os queremos protagonistas de sua história…

  10. Primeiramente gostaria de saudar a todos/as do Núcleo Educacional de Ações Afirmativas pela iniciativa de utilizar o espaço de interação social(Blog) como forma de suscintar uma discussão tão importante no cenário nacional que é a implementação das Leis Federais 10.639/03 e a 11.645/08 que obrigam o ensino de História da África, Cultura Afrobrasileira e Indígena nos estabelecimentos de ensino públicos e privados.

    Aqui no município de Salvador – Bahia, foi implementada às Leis citadas. Além disso vários materiais foram produzidos no sentido de dar suporte aos educadores. Entretanto, vale ressaltar que o Ministério da Educação classifica os livros em Didáticos, Paradidáticos, Educação de Jovens e Adultos dentre outros.

    Neste sentido, diversos escritores tem se esfoçado em escrever livros sem levar em conta a classificação do Ministério da Educação e tem produzido livros paradidáticos ou Educação de Jovens e Adultos e na concepção de alguns entendem serem didáticos. O que significa que muitos deles estão equivocados quanto a produção desses materiais.

    Portanto, vale ressaltar que as principais características de um livro didático de cultura afrobrasileira e indígena seria dar ênfase a elementos dos temas transversas como: família, ética, meio ambiente, religiosidades, identidade étnocorraciais dentre outros. (Diversidade Cultural). Além disso nas series iniciais precisam ter desenhos e não gravuras reais.

    Assim sendo, o município de Salvador tem sua coleção nos moldes das leis sem excluir ninguém do processo. Então as informações supracitadas servem como reflexão para a produção de materiais de qualidade e obdecendo a faixa etária de cada aluno.

    Um grande abraço a todos/as

  11. Nilton

    O que acontece com a lei nº 11.645/08 em nosso município é lamentavelmente triste!

    O que poderia ser trabalhado de forma prática e como uma forma de romper com os preconceitos a cerca da história e da cultura africana, acaba sendo “vomitado” aos alunos! Impossibilitando-os de apropriar-se da cultura aficana!
    Os professores pensam que trabalhar a cultura afro é simplesmente falar dos negros como se fossem figuras abstratas e que não se encontram no nosso cotidiano!
    Isso é lamentável para a formação dos nossos alunos e acaba até reforçando o preconceito mais uma vez!
    O problema é que a lei obriga a cultura afro na sala de aula, mais uma grande maioria de professores acabam não pesquisando sobre as belas coisas existentes na África e que poderiam ser trabalhadas!
    Quando se fala de negro na sala de aula, acabam trazendo aquela figura escrava que sofreu bastante e que sofre até hoje, “os coitados” que precisam de um lugar na sociedade! Como se eles tivessem que ser inseridos por obrigação!

    É uma pena que ainda hoje com tantas informações, fontes de especialização e pesquisas, professores ainda continuam trazendo a imagem negativa da história africana ou ainda acabam por não saber trabalhar de forma correta, tendo resistências ao falar de uma cultura tão rica, quando falamos em continente africano!

    As nossas crianças precisam aprender o que é realmente a África, a verdadeira história dos negros e só assim se cumprirá o que diz na lei! Acredito que a partir daqui, conseguiremos vencer o verdadeiro preconceito!!!

  12. maria da conceição moraes santana

    Olá! Sou baiana, de Boa-Nova, resido em Salvador, a capital da africanidade, pois, para onde vc olhar encontará ao menos vestígios da cultura africana. Este é um lugar ímpar, maravilhoso. Acho que todo bom baino “tem um pezinho na África”. Sobre a inclusão da cultura afro, informo como professora da rede estadual, que o tema está sendo inserido de forma interdisciplinar. Qualquer professor, de qualquer área, pode e deve abordar o tema, trazendo textos, filmes,músicas, abordagem da própria lei, enfim, para ser discutida com os estudantes, combatendo toda forma de preconceito, quer seja racial, de gênero ou contra os deficientes e, contribuir com a ascenção dos afro-descendentes, promovendo a justiça social.

    • Maria Aparecida

      A prefeitura do Salvador trabalha de forma gradual ,por exemplo em 2010 foi dado a cada professor um kit com livros relacionados ao tema , porém há um grande caminho a ser percorrido para a efetivaçao da Lei .O profissional de educaçao precisa abrir sua mentalidade , desconstruir paradigmas que permeiam a sua mente em relaçao a cultura afro brasileira.

  13. Osvaldina Cezar

    Sou museóloga educadora e acredito que, aos poucos, a inserção destes conteúdos está sendo estabelecida nas escolas de modo critérioso e responsável. Como leciono história, trabalho diretamente com estas questões que podem e devem ser exploradas de forma interdisciplinar, mediante à aproximação dos alunos e professores do universo dos grupos africanos e indígenas, percebendo a real contribuição destes povos para a nossa cultura e, entendendo suas histórias à luz do seu cotidiano, sem apenas ter uma visão fragmentada desses agentes sociais, refletida pela história tradicional de cunho ocidental. Conhecer a pluralidade cultural e entendê-la como patrimônio, como legado é muito importante. Neste elo, está uma das atuações do Museu e da Escola como fontes de produção, investigação e socialização do conhecimento. Ainda há muito o que fazer, tanto na formação de professores para trabalhar os conteúdos em sala ou fora dela, como para a apresentação destes aos educandos. Mas, são espaços como este que o NEAF contrói, de abertura para o diálogo participativo que ações de comprometimento podem se tornar uma realidade. Acho que estamos avançando, embora haja muito a ser feito pela aplicação da Lei 11.645/08 e pela educação em nosso país.

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